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Município de Viseu compra tablets para emprestar a 500 alunos do 1.º ciclo

29-04-2020Educação
Município de Viseu compra tablets para emprestar a 500 alunos do 1.º ciclo
Investimento ronda os 130 mil euros e visa ajudar crianças sem acesso a equipamento e/ou Internet  

O início da aprendizagem à distância, face ao encerramento dos estabelecimentos de ensino, trouxe à evidência uma série de constrangimentos. Se é certo que o acesso à telescola está generalizado, o mesmo não se pode dizer em relação às plataformas pedagógicas utilizadas pelas escolas, seja pela falta de computador, seja pela impossibilidade de aceder à Internet, face à deficiente cobertura.

Como forma de atenuar este constrangimento no ensino à distância, e com o objetivo de colocar todas as crianças que frequentam o 1.º ciclo em pé de igualdade, o Município de Viseu  deliberou adquirir 500 tablets, numa parceria com a Altice, ao abrigo do programa Escola Remota, que já inclui conteúdos programáticos para o 1º. Ciclo e pré-escolar e uma plataforma +Sucesso Escolar com aprendizagem remota, colaboração e partilha.

"Depois de auscultados os 5 agrupamentos de escolas de Viseu, não podíamos ficar insensíveis às carências de muitas famílias. As nossas meninas e meninos têm que estar em pé de igualdade no acesso ao ensino à distância”, considera o Presidente da Câmara Municipal, António Almeida Henriques.

Os tablets que serão disponibilizados aos alunos identificados pelos agrupamentos de escolas terão acesso à Internet, através de router 4G e 30 GB/mês de Internet móvel com 3 meses de acesso incluído.

O Município de Viseu vai investir 130 mil euros na aquisição destes equipamentos.

"Esta medida do Município de Viseu vem antecipar uma compra que já estava prevista no âmbito do nosso programa municipal VISEU EDUCA, para o início do ano escolar de 2020/2021, que visa dotar todas as 190 turmas do 1.º Ciclo com 2 ou 3 tabletes que, em complementaridade com os quadros interativos existentes em todas as salas de aula do Concelho, permitirão uma melhor aprendizagem, maior sucesso educativo e a promoção da literacia digital”, acrescenta o Presidente da Câmara, sublinhando que se cumpre, por antecipação, "mais uma etapa que tem também como objetivo ter todas as escolas de Viseu com rede Wi-Fi até ao inicio do ano letivo 2021/2022.

A rede Wi-Fi que chegará a todas as escolas do Concelho será de utilização exclusiva dos estabelecimentos de ensino durante o período escolar e aberta à comunidade aos fins de semana e fora do horário de funcionamento das escolas, permitindo o acesso livre à comunidade em todas as Freguesias do Concelho de Viseu.

"Este esforço do Município visa atenuar a grave lacuna existente no nosso País e, sobretudo, no nosso Concelho, onde mais de um terço da população não tem cobertura digital por fibra ótica e a cobertura GSM é muito deficiente”, constata o autarca, lamentando que esta evidência não tenha sido ponderada pelo Ministério da Educação, que "avaliou a solução do problema aferindo o País pelo que se passa no litoral e nos grandes centros urbanos, não criando soluções de igualdade para os alunos do Interior”.

"O Município de Viseu assume as suas responsabilidades nos níveis de ensino que lhe estão atribuídos, esperando agora que o Estado Central encontre soluções para os outros níveis de ensino”, observa.

O Presidente da Câmara Municipal reitera, assim, que face a esta debilidade, se "assuma duma vez por todas a minha proposta - Portugal Digital 100% -, subscrita por muitos, articulando com os diferentes operadores a cobertura digital por fibra ótica do país, tal como se assegurou a cobertura por rede elétrica logo após o 25 de abril de 1974”.

António Almeida Henriques propõe também a criação de um "rooming” nacional, que permita a cada cidadão que vive no Interior do país, independentemente do operador, ter acesso à rede com maior cobertura, assim como o lançamento de uma linha de crédito, com recurso à garantia mútua, para aquisição de computadores para os jovens dos 2.º e 3.º Ciclos e Secundário. "O Município de Viseu estaria disponível para assumir o custo da garantia mútua a todas as famílias do Concelho”, conclui.

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