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Património Cultural

Viseu Azulejar

Sobre o Projeto

Município de Viseu criou o "Viseu Azulejar” - uma linha de ação dirigida à salvaguarda do património azulejar. Integra-se numa política mais ampla de salvaguarda e promoção do património cultural de Viseu, gerida no quadro do programa VISEU PATRIMÓNIO.

Enquadram-se no "Viseu Azulejar” projetos direcionados à identificação, classificaçãorecuperaçãoinvestigação promoção do património azulejar.

O trabalho desenvolvido assenta, num primeiro momento, no levantamento e caracterização do existente e na inscrição destes bens no inventário do Património Cultural do concelho. Este conhecimento constitui condição essencial para a tomada de decisões e criação de instrumentos de gestão que permitam dar resposta às necessidades específicas do património, incluindo a programação de ações de recuperação e promoção, ou a sua salvaguarda e valorização.

Esta base de informação tem sido essencial para identificar património de exceção, cujas características potenciam a elaboração e aprovação projetos de classificação.

Inventário e classificação

Câmara Municipal tem vindo a assegurar o levantamento sistemático do património azulejar concelhio, com vista à sua identificação e inventário. Este levantamento tem sido desenvolvido diretamente pelo municípiomas também no quadro de projetos de investigação individuais e de ações direcionadas ao inventário geral do edificado no âmbito do VISEU PATRIMÓNIO. 

Aqui ganha destaque especial o evento "Freeze Viseu”, uma ação coletiva de observação e registotécnico fotográfico, dos edifícios do Centro Histórico de Viseu. A ação contou com 180 participantes das áreas da Engenharia, Arquitetura, Arqueologia e Património, responsáveis pelo registo e caracterização de 495 edifícios do Centro Histórico de Viseu - incluindo registo da presença de património azulejar.

Deste trabalho resultou também a classificação do "Painel de Azulejos do Rossio” como Monumento de Interesse Municipal. Em termos iconográficos elege como elementos centrais figuras alegóricas e motivos regionalistas representativos do mundo rural beirão e de cenas da Feira de São Mateus. 

Os azulejos que compõem a obra começaram a ser colocados em setembro de 1931. A sua produção resultou de uma encomenda da Comissão de Iniciativa e Turismo de Viseu, no âmbito da promoção do plano de embelezamento e promoção turística de Viseu. Constitui uma notável criação de arte pública em mural azulejar da primeira metade do século XX.

Para além deste, o Município já iniciou procedimentos para a classificação de outros dois conjuntos azulejares de particular relevância para a cidade: os painéis da Igreja dos Terceiros de São Francisco e o conjunto da Glorieta do Jardim Thomaz Ribeiro.

Conservação e restauro

Os trabalhos de conservação e restauro de património azulejar têm sido promovidos a partir da avaliação prévia do estado de conservação, realizada por equipas técnicas especializadas.

Neste âmbito promoveram-se intervenções sobre património azulejar da cidade e cujo estado de conservação exigia uma ação premente. Foram assim realizadas intervenções no Jardim de Santo António, na Fonte de São Francisco e na Casa do Soar de Cima, atual Museu Almeida Moreira.

Jardim de Santo António adquiriu um aspeto próximo do atual em 1926, com a instalação do lago. Possui um conjunto de dez bancos revestidos a azulejo de padrãodesenhados por Almeida Moreira e instalados em 1931, que se encontravam em avançado estado de degradação, decorrente da sua utilização.

Fonte de São Francisco respeita a um chafariz com tanque, enquadrado por um amplo frontispício de características barrocas que integra um nicho central com a imagem de São Francisco. Construída no século XVIIIesta corresponde a um banco de espaldar, revestido a azulejos de padrão e encimado pela representação do brasão da cidade, adaptação encomendada pela Comissão de Iniciativa e Turismo de Viseu, em 1928. O revestimento azulejar carecia de uma ação de limpeza geral, sendo necessária também a intervenção sobre o revestimento do banco, em avançado estado de degradação.

Casa do Soar de Cima, construída nos finais do século XIX, incorpora frisos e registos de azulejos datáveis dos séculos XVI, XVII e XIX, incluindo algumas reproduções, integrados nas fachadas e num alpendre. O seu estado de conservação aconselhava uma intervenção de manutenção - trabalhos de limpeza de superfícies, reabertura e preenchimento de juntas, reintegração cromática.

Este edifício constitui uma referência para a história de Viseu por ter sido casa de habitação de Almeida Moreira, legada por seu testamento, em 1939, à cidade. Almeida Moreira foi fundador do Museu Grão Vasco e impulsionador de reformas fundamentais para o desenvolvimento de uma "cidade moderna” e turística, nos anos 20 e 30 do século XX. 

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